EU CREIO

Vivemos cercados de pessoas crédulas e crentes, e também de incrédulas. São três posicionamentos típicos do ser humano. Crédulas são todas aquelas pessoas que creem com facilidade, com ingenuidade. Sem maior esforço. O saudoso escritor John Stott escreveu um livro cujo título é Crer é Também Pensar. Fé ingênua é tolice desnecessária. Deixemos isto para crianças. Mas temos também aquelas que creem seriamente, são crentes na verdade. Esse tipo de fé certamente é a desejada por Deus. Enquanto a incredulidade é totalmente reprovada por Deus. Foi o que fez Jesus ao pai do garoto surdo e mudo (Marcos 9.23), também possuído por demônios. Jesus manifestou espanto e reprovação à atitude daquele pai, que lhe pediu a cura do filho, colocando em dúvida o poder de Jesus. Também, depois da falha terrível e vergonhosa dos discípulos, só restou isto ao pobre pai.

Precisamos tomar posicionamento sério diante de Deus, quanto a fé que Ele espera de cada um de nós. Em quem ou em que você crê?

EU CREIO NA INCREDULIDADE DOS HOMENS

Dispenso muito comentário acerca desta fatalidade volitiva do ser humano. Temos por clássica a incredulidade de Tomé, discípulo de Jesus, ao duvidar da ressurreição de Jesus. O homem descrê, não por falta de provas ou de melhor racionalidade, mas por má vontade e orgulho obstinado.

EU CREIO NA ORAÇÃO

Os discípulos não puderam expulsar os demônios do garoto, por falta de maior intimidade e dependência de Deus, via oração. Eles estavam aprendendo. Que bom que eles estavam aprendendo por nós, e para nós. Espera-se que, nós, hoje, vivamos em pleno poder diante de Deus e dos homens necessitados. Mas lembre-se: o poder que precisamos exercitar aqui é para a glória exclusiva de Deus e benefício da humanidade. E a fonte, que é o próprio Deus, emana pela oração. A oração traz o céu à terra. Ela é o poder de Deus através de nós. O poder na oração não está em quem ora, mas em quem escuta e responde à oração.

EU CREIO NO JEJUM

Embora entre colchetes no Evangelho de Marcos (9.29), que indica um cabível acréscimo feito por um copista da antiguidade, a prática do jejum, por vezes relegada ao segundo plano por muitos, continua válida. Jejum não é atividade ascética, nem meio de emagrecimento ou punição auto infligida. Jejum é meio de quebrantar o corpo ao Espírito de Deus. É a forma de nos aquebrantar e esvaziar para sermos preenchidos pelo Altíssimo. Jejum é a fome de Deus. Querer mais de Deus, não pelo enchimento estomacal, mas pelo enchimento espiritual. No jejum eu digo não para mim mesmo, e sim para Deus. Pratique-o para alcançar Deus e não para meritoriamente alcançar a si mesmo.

EU CREIO NO PODER DE DEUS

Neste mundo de fé científica, fria, sentimentaloide, que não reconhece o poder de Deus, que atribui tudo ao acaso, necessário se faz por parte dos verdadeiros crentes em Deus, apontar para este importante atributo divino, sua onipotência. Seu poder criador expresso tão sabiamente no capítulo um do Gênesis: " No princípio criou [Bãrã, heb.] Deus os céus e a terra..." Criou do nada tudo que existe. Seu poder vai muito mais além do que tudo que pensamos ou cremos. Seu poder perdoa nossos pecados, liquidando totalmente nossa dívida com ele. Seu poder nos ressuscitará e nos dará nova vida eternamente. Eu canto o Hino da Vitória, de autoria da Cassiane:

EU CREIO NA SUBSERVIÊNCIA DOS DEMÔNIOS A JESUS CRISTO

No texto de Marcos, em apreço, há prova cabal da subserviência dos demônios a Jesus. Não é para crente genuíno nenhum ficar com medo de demônios. Eles é quem devem nos temer. Eles são reais e atuam eficazmente na execução dos planos do mal. Vigiemos.

EU CREIO NA CURA DAS ENFERMIDADES

Sem qualquer intenção de curandeirismo, charlatanismo ou fazer a agenda de Deus, Ele cura nossas enfermidades. Quando quer. Ao seu modo. No seu tempo. Muitas vezes oraremos pedindo a cura, mas Deus responderá: "a minha graça te basta.". Mas outras tantas vezes, ele irá curar. E isto é maravilhoso aos nossos olhos. Todos os dias, em todos os lugares, em meio às maiores impossibilidades, Deus está curando. Louvado seja o seu Nome!

EU CREIO NO DISCIPULADO

Quando os discípulos não puderam curar o garoto, pelas impossibilidades já vistas acima, era para seu aprendizado. Teriam que ver e aprender com seu Mestre, como as coisas funcionam. Isso foi um aprendizado, ou discipulado. Estamos perdendo esta geração de crentes por não praticarmos o discipulado.

EU CREIO EM JESUS CRISTO, O SERVO

Aprendemos neste mundo a sermos servidos. A coisa começou desde quando éramos crianças. Mas, como fruto do bom discipulado, vamos aprender com o Mestre dos mestres, a servir. O evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, revela que Jesus veio para servir como servo - (10.45). Ele foi desenhado pelo profeta Isaías, como o Servo, o Justo, capitulo 53.11; "Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si." Aprendamos com Jesus a servir. Não existe serviço mais nobre ou menos próprio.

FINALMENTE, EU CREIO EM MISSÕES

O ocorrido em Marcos 9, somente nos mostra o Mestre Jesus em missão. Em missão aos carentes de libertação, de perdão, de oração, de cura, de aprendizado, de autoridade e poder. Não podemos trilhar caminhos diferentes daqueles percorridos por Jesus. Ele viveu servindo aos campos missionários. Sua vida foi cumprir a missão dada por seu Pai. Nós, igreja hodierna, só seremos eficientes se crermos e praticarmos o que Jesus viveu e ordenou: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho."

Texrto baseado em Marcos 9.14-29

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